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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DO JOÃO TOSCANO

JMJ Madrid – A Experiência de uma vida
“Enraizados e edificados em Cristo, firmes na Fé”

Quando respondi “sim” ao convite do Santo Padre Bento XVI para ir as Jornadas Mundiais da Juventude, “Convido-vos para este encontro tão importante para a Igreja na Europa e para a Igreja universal. E gostaria que todos os jovens, quer os que compartilham a nossa fé em Jesus Cristo, quer todos os que hesitam, que estão na dúvida ou não crêem n’Ele, possam viver esta experiência, que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo e do seu amor por todos nós.”, estava longe de imaginar o que iria viver e sentir ao longo daquela semana passada na Capital Espanhola, tão grande, mas que com o passar dos dias se foi tornando “pequena” para a imensidão de jovens que a foi invadindo.

Integrando a comitiva Portuguesa de 100 jovens da Diocese de Santarém, como dizia o Pe. Ricardo “um grande grupo, com vários grupos”, indo sozinho e quase sem conhecer ninguém, tive a oportunidade de conviver e partilhar grandes momentos um pouco com todos, ao longo da intensa semana que vivemos em Madrid.

Móstoles, foi o nosso “quartel-general”, onde fomos extremamente bem acolhidos pela Srª Nilda e o Sr. Edmundo, e onde os nossos “fins do dia” tinham outro “sabor”, ficava a 30 minutos de Metro e/ou Comboio do centro de Madrid… e cada viagem era única por todo o ambiente que a envolvia… as ruas de Madrid tinham uma animação e uma boa disposição contagiante, todos os encontros com os outros grupos de jovens dos “quatros quantos do mundo” eram experiencias de amor, partilha e alegria únicos… penso hoje nas centenas de jovens com quem falamos, tiramos fotos e troca-mos um sorriso em Cristo… nunca tinha sentido esta “familiaridade” estávamos todos na mesma mesma “sintonia”…

Recordo com entusiasmo o encontro, do meio, dos 10 mil jovens Portugueses, no Madrid Arena, com os 17 Bispos Portugueses, sob o lema “Edificados sobre o alicerce dos apóstolos” os momentos de alegria e festa com a Banda Jota, as palavras de Cardial Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo “Só Cristo manifesta e revela plenamente ao homem o próprio homem”, “foi Cristo que vos escolheu e não vós a Ele ”, despertaram sentimentos no mais fundo de nós mesmos…. Enriquecidos com o testemunho do casal nascido na JMJ e do Pe. Paulo. Tocou-me a “explosão” de alegria quando o Papa aterrou em Madrid e em “uníssono” o saudamos, assim como a dignidade, dinâmica, alegria, silêncio e o respeito total durante a celebração da Eucaristia … um ambiente de sonho… e como lá passava “Passo a passo chegaremos a Santos”

A semana que passei em Madrid, uma cidade linda, na qual também tive oportunidade de conhecer um pouco, como, a Plaza Mayor, a Porta de Alcalá, os Jardins, o Museu Reina Sofia, o Estádio Santiago Barnabéu… mas foi sobretudo uma ocasião privilegiada para reflectir, dialogar, aprender, trocar experiencias, rezar em conjunto e crescer na Fé. A JMJ dispunha de uma agenda cultural riquíssima, o Musical Wojtyla – criado pela paróquia de Cascais em homenagem a João Paulo II, foi um momento mágico, a Exposição e o vídeo sobre a vida e obra de Madre Teresa de Calcutá, recorda-nos um modelo de vida em Cristo a seguir… a oração de Taizé, sempre intensa e marcante…. A Feira Vocacional, no Parque do Retiro onde fiquei a conhecer mais “de perto”as varias congregações e movimentos Religiosos espalhados pelos mundo.

Mas tudo isto foi apenas, uma parte da experiencia da JMJ – Madrid, a imponente Praça Cibeles, que já tinha acolhido o missa de Abertura das JMJ, foi pequena para a multidão que quis ver de perto e saudar o sucessor de Pedro, tivemos o privilegio de saúda-lo bem de perto, no seu trajecto para a recessão oficial. Recordo as palavras de Bento XVI na celebração “Que a chama do amor de Cristo nunca se apague nos vossos corações” depois a saudação sempre emocionante em Português “Queridos jovens dos diversos países de língua oficial portuguesa e quantos vos acompanham, bem-vindos a Madrid! A todos saúdo com grande amizade e convido a subir até à fonte eterna da vossa juventude e conhecer o protagonista absoluto desta Jornada Mundial e – espero – da vossa vida: Cristo Senhor. Nestes dias, ouvireis pessoalmente ressoar a sua Palavra. Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé. A Igreja precisa de vós, e vós precisais da Igreja.” E sempre no seu discurso marcante para nós jovens cedentes da palavra sábias neste mundo tão difícil que nos rodeia “sede prudentes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz.”…. “escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós «espírito e vida» , raízes que alimentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo” dão que pensar.

Outro momento marcante foi a Via-Sacra vivida e sentida de uma forma intensa naquele ambiente “familiar” no meio de milhares de pessoas… os símbolos da semana Santa Espanhola ajudavam a “ilustrar” o momento… mas o simbolismo era o mais marcante, os jovens escolhidos para transportar a cruz (símbolo da JMJ) vinham de Países fustigados por catástrofes naturais como o Japão ou o Haiti, ou de áreas onde não reina a paz como o Iraque ou a Terra Santa, e as palavras finais de Bento XVI “que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos. Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes” marcaram-me nessa noite.

O JMJ entrava na recta final e a tão esperada Vigília com o Papa aproximava-se, não sei se alguma vez, vou conseguir transmitir por palavras o que se viveu em “Cuatro Vientos”, dois milhões de jovens, da nova geração ‘JMJ’, responderam presentes e nem o calor, o pó, o cansaço, a chuva ou o vento conseguiram travar, emocionou-me o que disse Bento XVI após a tempestade “Vivemos uma aventura juntos”. Uma noite única e irrepetível… numa expressão ímpar de fé… nunca vi tanta gente em “festa” e alegre… ou num silêncio total… estávamos todos embebidos do mesma “espírito”

O dia seguinte amanheceu sereno e tranquilo na Base Aérea de Quatro Ventos, as palavras de Bento XVI mostraram um Papa preocupado, carinhoso e emocionado… era um de nós, “Pensei muito em vós, nestas horas em que não foi possível ver-nos. Espero que tenhais podido dormir um pouco, apesar dos rigores do clima. Tenho certeza que, nesta madrugada, tereis levantando, mais de uma vez, os olhos para céu, e não só os olhos, também o coração, e isso vos terá permitido rezar. Deus tira o bem em tudo.”
Segui a Celebração com atenção tentando aproveitar ao máximo estes últimos momentos e assimilando todas as palavras de Bento XVI “ permiti que, como Sucessor de Pedro, vos convide a fortalecer esta fé que nos tem sido transmitida desde os apóstolos, a colocar Cristo, Filho de Deus, no centro da vossa vida. Mas permiti também que vos recorde que seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode, sozinho, seguir Jesus. Quem cede à tentação de seguir «por conta sua» ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d’Ele.”
Seguiram-se as últimas palavras do sucessor de Pedro aos “apóstolos do século XXI” sempre marcantes em Português, ainda hoje penso nelas “Queridos jovens e amigos de língua portuguesa, encontrastes Jesus Cristo! Sentir-vos-eis em contracorrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relativista que renuncia a buscar e a possuir a verdade. Mas foi para este momento da história, cheio de grandes desafios e oportunidades, que o Senhor vos mandou: para que, graças à vossa fé, continue a ressoar a Boa Nova de Cristo por toda a terra. Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens! Que Deus vos abençoe!”

E num momento da despedida um grito bem alto e em uníssono ressoa: “Esta es la Juventud del Papa!”

É esta a Igreja Católica Jovem, alegre, fraterna e actual, sem discursos moralistas e ideias retrógradas que me orgulho de fazer parte.

Sete dias de muita festa, manifestação de fé e testemunho para todo o mundo. Madrid foi uma experiencia impar e marcante, na companhia, posso dize-lo agora, dos “meus amigos”… enfrentamos estas Jornadas com a simplicidade e convicção próprias da juventude… Ficamos num ginásio, dormimos no chão e muitas vezes ao relento, tomamos banhos de água fria, carregamos a nossa mochila de peregrinos sempre pesada, enfrentamos filas e mais filas, para as actividades, para comermos, para entrar no metro e até para ir ao WC… enfrentamos temperaturas de 40°C, e horas de caminhada pela cidade e até uma tempestade de chuva. Sofremos intimidações, fomos assaltados e passamos momentos conturbados. E apesar de tudo isto todos os dias sorriamos, cantávamos, brincávamos, rezávamos juntos… edificados e enraizados em Cristo, cada vez mais firmes na nossa Fé.

Regressei a casa com aquela sensação de que vivi algo mágico, tão bom, tão bom, que se tivesse uma máquina do tempo voltaria para viver tudo outra vez…

Que a vida assim o permita, e nos encontremos todos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Eu acredito =)
Um abraço amigo,
João Toscano

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Passo a Passo, Chegamos à Santidade

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Jornadas Mundiais da Juventude, Madrid'11




Clica em "Continue" e assiste ao slideshow com as fotos das JMJ

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

“Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir”


Chamo-me Rita Baptista, tenho 31 anos e uma história de amor linda para contar, a história de Deus comigo! Sim, Deus tem sempre uma história de amor para escrever na vida de cada um de nós!
Sou natural de Beja, Alentejo, nasci numa família católica, mas pouco praticante e aos poucos Deus foi-se metendo na minha vida. Fui uma jovem como tantas outras, mas fui descobrindo progressivamente a pessoa de Jesus, que continuamente teimava em me surpreender (o nosso Deus é o Deus das surpresas). E fui-me deixando tocar pelo seu jeito de ser, de cativar, de seduzir… E quanto mais me sentia chamada a conhecê-lO e a participar na vida da minha paróquia, do grupo de jovens, dos movimentos juvenis em que participei (Convívio-Fraterno e Jovens Shemá’), mais me sentia cativada, fascinada e dentro de mim surgia uma voz que me repetia “Vem e Segue-me”! Inicialmente fiquei na dúvida, questionei-me e pus-me em busca. E foi um caminho que senti claramente não ser feito sozinha, Ele caminhava comigo e aos poucos foi-me revelando (por gestos, sinais, pessoas, e sobretudo, na oração) que me queria toda para Ele, queria-me inteiramente sua, para ser sua esposa.
Então, eis que brotam do coração as palavras do profeta: “Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir”. É tão profundo este amor de Deus que nos toca e chama que não se pode resistir. E quanto mais nos abandonamos nas Suas mãos, mais Ele faz maravilhas em nós…
Arrisquei nesta aventura de amor e, há 9 anos atrás, entrei na Fraternidade Franciscana Evangelizadora de Nª Sr.ª da Esperança para iniciar o Pré-Noviciado. Tem sido uma caminhada de verdadeira descoberta e relação com este Deus Amor que não se cansa de me buscar e seduzir e tomando-me pela mão me conduz à profunda relação esponsal com Ele.
Hoje, chegada a este momento tão importante e significativo para mim, a minha profissão perpétua, onde, depois de uma caminhada de juniorado desde os votos temporários (6 anos), me entrego para sempre e sem reservas, através dos votos de castidade, pobreza e obediência, a este Jesus que é toda a minha razão de viver. É para mim uma alegria muito grande e profunda que quero partilhar com todos os jovens da nossa diocese. E, por isso, quero convidar-vos a estarem presentes no próximo dia 25 de Setembro na Igreja Paroquial de Azinhaga pelas 11h, e também a participarem na vigília no dia 24, pelas 21h, no mesmo local.
Conto com a vossa presença e a vossa oração!

Ir. Rita Baptista, fense

terça-feira, 6 de setembro de 2011

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DA ANA AZEVEDO

Tentar testemunhar o que foi para mim a experiência da JMJ é um pouco complicado porque muito do que senti e vivi não consigo expressar por palavras, e outro tanto estou ainda a descobrir diariamente à medida que reflicto em tudo o que vivemos.


Houve vários momentos que me tocaram particularmente, já para não falar de toda a envolvência da JMJ que foi uma experiência fantástica. Contactar com todos aqueles jovens de várias partes do mundo, com culturas e línguas diferentes mas que falavam a «mesma linguagem» que nós, porque partilhavam connosco a mesma fé e acabavam, por isso, por estar mais próximos do que muitos daqueles que nos rodeiam diariamente, foi extraordinário. A alegria que todos transmitiam, e que deveria caracterizar todos os cristãos, esteve bem presente nesses dias. Ali estávamos mesmo com «ar de ressuscitados»  pegando um pouco na crítica que Nietzsche fazia aos cristãos. Mas voltando aos momentos que mais me tocaram, tenho de mencionar em primeiro lugar o musical Wojtyla que me deixou duas ideias a pairar na mente. Por um lado, aquela frase que, mais ou menos, dizia que se fossemos tudo o que podemos ser, incendiaríamos o mundo, bateu lá no fundo. Fez-me perceber que muitas vezes o que falta na nossa vida e nas nossas comunidades é a disponibilidade máxima de cada um de nós. Sem medos, sem desculpas, sem comodismo. Por outro lado, a questão da transformação de todas aquelas pessoas pelo contacto com João Paulo II fez-me pensar se nós, como cristãos, também não deveríamos conseguir transmitir algo aos outros, mesmo sem precisarmos de lhes dizer em que acreditamos. A nossa maneira de viver deveria fazer a diferença, devia trazer algo novo aos outros. E na maioria das vezes acho que não traz porque há algo na nossa vida que está errado. Ou há algo que fica dentro das paredes das nossas igrejas e dos nossos grupos em vez de sair para a vida…

Depois o encontro com os bispos portugueses foi também uma experiência muito boa mas que, confesso, me assustou um pouco. Isto porque, durante todo o encontro, eu só conseguia pensar que se a Igreja portuguesa se deu ao trabalho de fazer aquilo tudo só para os jovens, é porque realmente espera algo de nós e confia que sejamos capazes. E isso assusta!!! talvez porque compromete…

Os momentos de oração à noite foram também ocasiões muito marcantes. Depois do rebuliço e da correria do dia, que fazia muitas vezes com que não conseguíssemos digerir tudo o que tínhamos vivido, era aí que ia pondo as ideias em ordem, que me ia apercebendo do que tinha «recebido» durante o dia e que compreendia as experiências que o restante grupo ia também fazendo.

Mas um dos momentos que mais me marcou em toda a JMJ aconteceu com uma simples pergunta feita pelo padre Ricardo na missa que celebrámos no dia 17 e que pedia para reflectirmos sobre o que nos impede de ser firmes na fé (era mais ou menos esta a ideia, não me lembro bem da pergunta ). E aí eu percebi que o me impede é o facto de eu não confiar em Deus (e também nos outros, diga-se de passagem). E comecei também aí a perceber porque é que senti desde o início que tinha de ir à JMJ. É que, sinceramente, eu nunca tinha sentido nenhum interesse em participar nas Jornadas anteriores. Era algo em que nem sequer pensava (até porque não gostava lá muito do Papa ) e, por isso, nunca entendi a vontade que senti em participar nas Jornadas de 2011 desde que delas tomei conhecimento no Verão do ano passado. Entendi agora que precisava de aprender a confiar em Deus, mas a confiar mesmo a sério e não só quando EU tenho tudo sobre controlo; a confiar mesmo quando tudo parece desmoronar-se. E esta aprendizagem foi acontecendo durante todo o ano de preparação, sem que eu me apercebesse. Para já porque enquanto, por um lado, eu sentia que tinha de ir, por outro lado tudo acontecia de forma a dificultar a minha decisão: o casamento de uma das minhas melhores amigas durante a semana das Jornadas, o que me obrigava não só a voltar mais cedo e sozinha, mas também a perder os dias mais intensos do programa e a desistência de todo o meu grupo foram momentos complicados que me teriam feito desistir noutras circunstâncias. Mas algo me dizia que não precisava de desistir porque ia correr tudo bem. E eu confiei nem sei bem porquê. Depois durante a JMJ esta aprendizagem continuou: o confiar no grupo em coisas tão complexas como desabafos e reflexões e tão simples como nunca ter aprendido o caminho do alojamento até ao metro, simplesmente porque não era preciso. Havia sempre alguém que sabia. (E atenção, eu sou a pessoa que não vai a lado nenhum sem consultar o melhor percurso no Google e sem saber exactamente quais os transportes que tem de apanhar e onde estão as paragens ). Acho que até os momentos mais complicados que vivemos me ajudaram a aprender a confiar, a sentir que estava tudo bem porque estávamos juntos e com Deus. E não precisávamos de mais nada.

Na JMJ aprendi também que o «pão nosso de cada dia» é tudo o que precisamos. É que antes o que eu queria mesmo era o «pão meu dos próximos dois meses, no mínimo», assim para dar uma margem de segurança boa. Lá está, não confiava e só conseguia descansar se sentisse que tinha tudo sobre controlo e não teria sobressaltos nos tempos mais próximos. Mas durante aquela semana tudo se resolvia apenas quando tinha de resolver, não um dia antes, não uma hora antes. No momento. E isso bastava.

Resumindo, estou muito mais rica . Agora espero conseguir manter-me firme na fé através da certeza de que posso confiar n’Ele em qualquer situação, mesmo quando parece que Ele não está lá. Mas sinto que tenho também uma «missão»: a de viver cada vez mais enraizada n’Ele e a de tentar levar aos que aos que não partilharam connosco esta experiência um pouco do «abanão» que recebemos, para ver se, todos juntos, conseguimos fazer um pequeno «incêndio» que consiga transformar um bocadinho as pessoas e as situações que nos rodeiam.

                                                                                                                   Ana Azevedo

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DA LILIANA NABAIS

A Jornada Mundial da Juventude em Madrid, não é um acontecimento fácil de expor em palavras. De certa forma, a Jornada começa com a visita da cruz que, o agora beato, João Paulo II entregou aos jovens, para que desse a volta ao mundo, a Jornada começa quando se toma o peso dessa cruz já carregada por milhares de jovens, começa quando se sente o peso de uma parte da Igreja que me acolhe. No entanto, a verdadeira Jornada vive-se em Madrid, onde acontece a Igreja Universal.


Sinto que não parti com uma expectativa demasiado elevada, sinto até que não sabia o que esperar da Jornada Mundial. Madrid revelou-me uma semana cheia de tudo. Cheia de peripécias, de sustos, de cansaço e, sobretudo, cheia de amor, de atenção, dedicação e entrega...

No primeiro dia, visitei a exposição da Madre Teresa de Calcutá, na Casa das Missionárias da Caridade e, além do esplendor da vida da beata que me comove pela dimensão da simplicidade, retive, pelo que ia lendo nos painéis ao longo dos corredores, a imagem de uma fruta apodrecida numa fruteira. Naturalmente, essa fruta apodrecida aprodeceria as restantes frutas à sua volta e, aqui, comparo um pouco com a experiência de Madrid, houve momentos desagradáveis que poderiam ter “apodrecido” a semana, no entanto, isso não aconteceu... Esses momentos que foram surgindo apenas nos mostraram a firmeza da nossa fé.

Senti que, em Madrid, aconteceu magia. Senti o poder do amor de Deus actuar e tornar-se cada vez mais visível, mais fáil. Senti em cada olhar, sorriso e palavra uma manifestação desse amor. Senti como é bom continuar a crescer ao lado daqueles que partilham comigo esta magia, como é bom crescer nesta Igreja jovem presente nas ruas, nas praças, nos metros, nos comboios de Madrid.

Em Madrid, soube bem a dureza e a simplicidade. Soube bem a dureza do cansaço que contava a história de mais um pedaço de caminho. Soube bem aperceber-me da grandeza do beato João Paulo II, no espectáculo do Wojtyla. Soube bem rezar vésperas no meio da rua, soube bem a simplicidade dessas paragens para nos manterem em ritmo de oração. Soube bem adentrarmo-nos na confusão para ficarmos apenas mais próximos. Souberam bem as partilhas, à noite, na aparente quietude de Móstoles. De certa forma, começou a saber bem os contratempos, o pó do aerodromo, a chuva durante a Vigília, pela união que se criou. Soube bem, em cada dia, darmos as mãos ao rezar o Pai Nosso e sentir a enormidade do abraço da paz, apesar de só abraçar aquele que está junto de mim, é um acto que se torna uno, ali entre dois milhões de jovens.

De Madrid ecoam ainda as palavras do Santo Padre “Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, sereis um elo na grande cadeia dos fiéis... A Igreja precisa de vós e vós precisais da Igreja”, chego a Portugal este desafio de radicar a minha fé em Cristo e a tornar-me cada vez mais firme na fé da Igreja alimentada pela Palavra de Deus.

Agora que recordo Madrid, lembro a agitação das ruas, lembro o cruzar-me com tanta gente desconhecida que esteve ali e que vive fortalecida pela mesma alegria que eu, lembro a “independência” responsável, a liberdade entrecortada pelo susto, a adrenalina da distância e do sentir perto. Agora, sinto Madrid como cidade de contraste, um contraste são, agradável. O contraste de querer estar fora, estando dentro, o querer partir e ficar...

De Madrid, retenho também o desafio de ser aquilo que devo ser e assim pegar fogo ao mundo inteiro, como concluia a mensagem transmitida no musical Wojtyla.

Na certeza desta fé mais firme, hoje confio ao Senhor, as palavras de Bento XVI na homília da eucaristia do envio no aerodromo de Quatro Ventos, “Jesus, eu sei que Tu és o Filho de Deus que deste a Tua vida por mim. Quero seguir-Te fielmente e deixar-me guiar pela Tua palavra. Tu conheces-me e amas-me. Eu confio em Ti e coloco nas Tuas mãos a minha vida inteira”.



Liliana Nabais

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DA FILIPA OLIVEIRA

Fui para Madrid na esperança de encontrar pessoas de todo o mundo e de viver esta Igreja Universal, mas aquilo de que não estava à espera era de “encontrar” as pessoas que têm estado ao meu lado nos últimos anos.


Para além de toda a emoção de estar na presença do Papa, ouve a emoção de partilhar este Cristo que vive em nós com pessoas de todo o mundo. Podemos não lhes ter tocado, o abraço da paz pode apenas ter sido trocado com o vizinho do lado, tal como as mãos-dadas no Pai-nosso, mas houve mais. Houve uma união com 1 milhão de jovens que vivem Cristo na Igreja, no mundo de hoje, em comunidade. Tal como o Santo Padre dizia: os jovens não podem partir na aventura de Cristo sozinhos, esta caminhada não é para fazer no isolamento, é antes para ser feita na companhia uns dos outros. Nomeadamente no nosso grupo foi isso que se viveu, um sentimento de Cristo partilhado e com vontade de o extrapolar para além das pessoas do costume, uma vontade de acolher o “estrangeiro”, também nós fizemos esse acolhimento.

Não posso dizer que saí da Golegã de mala vazia, mas vim com certeza de Madrid com uma mala maior, cheia das experiências que vivemos e repleta do amor de Deus que nos une nas nossas vidas quotidianas.



Filipa Oliveira

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E-mail dos responsáveis do alojamento em Madrid

Olá a todos!
O Edmundo e a esposa Nilda, os responsáveis pelo acolhimento e alojamento do nosso grupo de Santarém, nas JMJ Madrid, enviaram-nos um e-mail... Está trduzido pelo Google, mas é perceptível :)
Segue abaixo



"... Eu liguei e ele me respondeu"



Na paróquia, quando fomos convidados para trabalhar para o JMJ-Madrid, sentimos uma grande emoção e imediatamente expressa o nosso desejo YES!. Deus não sabia como entramos, mas como o Senhor não é fácil dizer não, ele vem com todas as conseqüências Senhor.

Os dias foram passando e com eles veio a dúvida, cansaço, desânimo ... e como a chegada dos Peregrinos primeiro veio o medo se aproximando, a falta de confiança em nós mesmos, mas avançamos, nós estávamos certos que o Senhor estava conosco do nosso lado, quem será contra nós?.

Materiais começaram a chegar em fogo lento, em todas as horas, esperaram o tempo determinado o caminhão de entrega e tomou seu tempo. Mas firmes na fé, como o lema da nossa Jornada Mundial da Juventude, no final do dia Deus estava sempre ao nosso lado.

Na última segunda-feira 15 de agosto, dia da abertura oficial da JMJ, o primeiro grupo de peregrinos chegou à nossa paróquia com o rosto cansado de uma viagem tão longa, mas com o coração cheio de fé, que na boca do Santo Padre Bento, Paulo convidou-nos, que realmente bela, era como um fã de ilusões que começam a acontecer e todas as dúvidas anteriores e medos desapareceram. Imediatamente, um grande número de crianças atribuídas à paróquia inundado com alegria todos os espaços, Paraguai, Húngaro, Português, Palestina, Venezuela, Espanha, Equador ... ansioso para ouvir a Palavra de Deus através de Sua Santidade e os Pastores na catequese. Nós nos perguntamos. Que força os une?. A resposta foi: o amor de Cristo e sua Igreja.

Na faculdade não foi designado, o Móstoles Paul Sorozábal, 172 jovens em perfeita ordem e disciplina começou a levantar o acampamento, o jovem Português e brasileiros que queriam viver neste tempo e compartilhar sua fé; se organizou sua mudança de limpeza entrega do café da manhã, orações .... A própria Igreja agir. "Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles", diz o Senhor. Mt 18, 20.

172 jovens e não desagradável decepção palavra, dissonantes ... que bela quando Cristo está em nosso meio, vê-lo refletido nos rostos de cada um desses jovens foi uma justa recompensa para as dificuldades antes da JMJ. O que nos impressionou mais foi vê-los chegar tarde da noite e tem que unir forças em um círculo no meio do tribunal múltiplas para rezar Completas e agradecer ao Senhor para o dia dado pelas experiências vividas pela catequese transmitido e recebido o Sacramento do Perdão. Nós não eram estranhas a ele, orou pedindo para estes povoamentos jovens saudáveis para enfrentar os desafios do século XXI traz para permanecer fiel a Jesus Cristo ea sua Igreja. Em casa e na nossa paróquia, tão querida, semear para os outros verem o fruto.

"... Eu liguei e ele respondeu-me." Obrigado Senhor, porque apesar da nossa miséria humana nos chamou para trabalhar nesta JMJ-Madrid, porque sem ser jovem aprender com os jovens aprenderam a dar sem esperar nada em troca. No cansaço do nosso dia ficou aliviado com o dom total para você. Na peregrinação é rezar com os pés. Em nossa cruz deve ser a fonte de nossa força e da confidencialidade da nossa paz, como João XXIII indicou ... em suma que estão sempre conosco.

No dia da partida e enquanto cavalgavam nos autocarros, demos graças por sua hospitalidade e mostrou-nos coisas bonitas, mas uma ficamos muito impressionados, que tinha sido por uma semana os pais espanhóis.

Continuamos a orar por eles e sempre estará em nossos corações, obrigado Leo, graças George, graças Alzira, graças Richard, graças Peter, graças Juan Pablo, graças Mary ... obrigado, obrigado Senhor, obrigado por nos ajudar a ser cada vez mais fiel ao Senhor ....

Edmund e Nilda
Móstoles, 2011