Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil

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Firmes na Fé

Encontro Diocesano de Jovens.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Convívio Fraterno do Natal cheio!!!

Caros amigos,
as inscrições para o Convívio Fraterno deste Natal esgotaram.
Quem estiver interessado em participar mas não apanhou lugar deixe os seus contactos para o caso de haver desistências para ser contactado.
Quem já está inscrito e proventura não puder ir deverá avisar até ao dia 19 deste mês para o mail cf.santarem@gmail.com ou para o número 91 53 56 529.

 Renovo o nosso pedido de oração pelo sucesso do Convivio e a vossa generosidade através dos alimentos que possam oferecer.
Lembro a lista dos alimentos que podem oferecer:

Manteiga
Leite
Marmelada

Azeite

Hortaliças (couves, alfaces, espinafres, nabiças, …)
Fruta

Batatas
Cenouras

Cebolas
Alhos

Feijão enlatado

Para este efeito podem contactar a Inês São Miguel, o António Canto ou o Padre Ricardo Conceição

A todos o nosso obrigado e um Santo Natal.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Encerramento do Ano Vocacional Comboniano


17 e 18 de Março em Viseu

Festival JIM- Jovens em Missão

O festival JIM – Jovens em Missão é um Festival de música juvenil, vocacional e missionária, organizado pelo Centro Vocacional Juvenil (CVJ) dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ), em Portugal. Integra-se nas celebrações do encerramento do Ano Vocacional Comboniano, promovido pelos Combonianos . Todos os participantes no Festival comprometem-se a participar nas actividades propostas pela organização, para os dias 17 e 18 de Março 2012.

O Tema do festival: Vem, Vê, Vive e Vai em Missão
Lugar: Viseu
Data: 17 e 18 de Março 2012
Condições de participação: ver regulamento
Inscrições: até 15 de Fevereiro 2012 (consultar regulamento)

O que é o JIM:
É um movimento de jovens cristãos de espiritualidade missionária e comboniana. O JIM é composto por jovens cristãos, que têm Jesus Cristo como centro das suas vidas.
São testemunhas de Jesus Cristo ressuscitado, comprometendo-se no serviço aos outros, na família, na comunidade, no mundo.
Comprometidos em Igreja, nas suas diversas vertentes comunitárias e pessoais, os jovens são anunciadores da Boa Nova que é Jesus Cristo.
Qualquer jovem a partir dos 16 anos ou integrando um grupo de jovens pode ser membro do JIM.

Objectivos do JIM:
Fazer experiências de encontro com Jesus que leve a um conhecimento pessoal de si mesmo e a aprofundar a sua fé.
Descobrir Jesus Cristo, centro da nossa vida, e as suas opções de vida.
Fazer opções claras por Jesus Cristo e crescer no compromisso cristão, na família, na igreja, na sociedade, e no compromisso da missão.
Viver em atitude de serviço e doação aos outros, em comunidade.
Descobrir e discernir progressivamente a própria vocação.

O que é o Ano Vocacional Comboniano:
É um ano dedicado à Pastoral das Vocações em todas as suas dimensões, oração, actividades, dinamismos, estratégias e conteúdos.

Objectivos do ano vocacional Comboniano:
Reavivar o dom que está em nós e é a razão da nossa existência.
Partilhar o entusiasmo e a paixão da nossa vocação.
Sermos facilitadores de encontros da pessoa com JC.
Crescer na comunhão eclesial, na nossa identidade de consagrados e missionários.
Informar, sensibilizar e mobilizar o maior número de cristãos para connosco e de todas as formas serem animadores vocacionais.

Mais info:

Para todas as informações:

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Retiro para Jovens - Advento 2011

Como já devem ter reparado, retiramos o formulário de inscrição para o retiro de jovens que se vai realizar no fim de semana de 9-11 de Dezembro em Torres Novas uma vez que que se chegou ao número máximo possível de inscrições. Vai, com certeza, haver mais oportunidades, por exemplo:
-para jovens com 17 ou mais anos, convívio fraterno nos dias 26-29 de Dezembro, também em Torres Novas (inscrições em formulário no fundo da página)
- Retiro para jovens 13-15 de Abril de 2012
- Retiro para Jovens com 20 anos ou mais 18-20 de Maio de 2012.

Um Santo Advento

terça-feira, 15 de novembro de 2011

RETIRO PARA JOVENS



ONDE MORAS? VEM E VÊ!

(10º ANO DE CATEQUESE, GRUPOS DE CRISMA E PÓS-CRISMA)

DE 9 A 11 DE DEZEMBRO
CHEGADA PELAS 21.30H DE SEXTA FEIRA ATÉ AO ALMOÇO DE DOMINGO

LEVAR BIBLIA, CADERNO, SACO CAMA,
AJUDA DE CUSTO DE 30 EUROS

TORRES NOVAS
CASA DAS IRMÃS DE SÃO JOSÉ DE CLUNY (ANTIGO COLÉGIO SANTA MARIA)

INSCRIÇÕES NESTE BLOG EM FORMULÁRIO NO FUNDO DA PAGINA.

Podem imprimir o cartaz que segue em anexo.
As inscrições são obrigatórias para podermos controlar a logística da casa que nos acolhe.

Quaisquer dúvidas podem ser postas para os seguintes mails:
pastoral.juvenil.str@gmail.com
canto.antonio@gmail.com

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Encontro Pós-JMJ



Encontro Pós-JMJ, dia 29 de Outubro, às 15h, no Seminário de Santarém (entrada pelo portão do lado do Mercado Municipal). Traz o teu testemunho e lanche e vem partilhar connosco!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DO JOÃO TOSCANO

JMJ Madrid – A Experiência de uma vida
“Enraizados e edificados em Cristo, firmes na Fé”

Quando respondi “sim” ao convite do Santo Padre Bento XVI para ir as Jornadas Mundiais da Juventude, “Convido-vos para este encontro tão importante para a Igreja na Europa e para a Igreja universal. E gostaria que todos os jovens, quer os que compartilham a nossa fé em Jesus Cristo, quer todos os que hesitam, que estão na dúvida ou não crêem n’Ele, possam viver esta experiência, que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo e do seu amor por todos nós.”, estava longe de imaginar o que iria viver e sentir ao longo daquela semana passada na Capital Espanhola, tão grande, mas que com o passar dos dias se foi tornando “pequena” para a imensidão de jovens que a foi invadindo.

Integrando a comitiva Portuguesa de 100 jovens da Diocese de Santarém, como dizia o Pe. Ricardo “um grande grupo, com vários grupos”, indo sozinho e quase sem conhecer ninguém, tive a oportunidade de conviver e partilhar grandes momentos um pouco com todos, ao longo da intensa semana que vivemos em Madrid.

Móstoles, foi o nosso “quartel-general”, onde fomos extremamente bem acolhidos pela Srª Nilda e o Sr. Edmundo, e onde os nossos “fins do dia” tinham outro “sabor”, ficava a 30 minutos de Metro e/ou Comboio do centro de Madrid… e cada viagem era única por todo o ambiente que a envolvia… as ruas de Madrid tinham uma animação e uma boa disposição contagiante, todos os encontros com os outros grupos de jovens dos “quatros quantos do mundo” eram experiencias de amor, partilha e alegria únicos… penso hoje nas centenas de jovens com quem falamos, tiramos fotos e troca-mos um sorriso em Cristo… nunca tinha sentido esta “familiaridade” estávamos todos na mesma mesma “sintonia”…

Recordo com entusiasmo o encontro, do meio, dos 10 mil jovens Portugueses, no Madrid Arena, com os 17 Bispos Portugueses, sob o lema “Edificados sobre o alicerce dos apóstolos” os momentos de alegria e festa com a Banda Jota, as palavras de Cardial Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo “Só Cristo manifesta e revela plenamente ao homem o próprio homem”, “foi Cristo que vos escolheu e não vós a Ele ”, despertaram sentimentos no mais fundo de nós mesmos…. Enriquecidos com o testemunho do casal nascido na JMJ e do Pe. Paulo. Tocou-me a “explosão” de alegria quando o Papa aterrou em Madrid e em “uníssono” o saudamos, assim como a dignidade, dinâmica, alegria, silêncio e o respeito total durante a celebração da Eucaristia … um ambiente de sonho… e como lá passava “Passo a passo chegaremos a Santos”

A semana que passei em Madrid, uma cidade linda, na qual também tive oportunidade de conhecer um pouco, como, a Plaza Mayor, a Porta de Alcalá, os Jardins, o Museu Reina Sofia, o Estádio Santiago Barnabéu… mas foi sobretudo uma ocasião privilegiada para reflectir, dialogar, aprender, trocar experiencias, rezar em conjunto e crescer na Fé. A JMJ dispunha de uma agenda cultural riquíssima, o Musical Wojtyla – criado pela paróquia de Cascais em homenagem a João Paulo II, foi um momento mágico, a Exposição e o vídeo sobre a vida e obra de Madre Teresa de Calcutá, recorda-nos um modelo de vida em Cristo a seguir… a oração de Taizé, sempre intensa e marcante…. A Feira Vocacional, no Parque do Retiro onde fiquei a conhecer mais “de perto”as varias congregações e movimentos Religiosos espalhados pelos mundo.

Mas tudo isto foi apenas, uma parte da experiencia da JMJ – Madrid, a imponente Praça Cibeles, que já tinha acolhido o missa de Abertura das JMJ, foi pequena para a multidão que quis ver de perto e saudar o sucessor de Pedro, tivemos o privilegio de saúda-lo bem de perto, no seu trajecto para a recessão oficial. Recordo as palavras de Bento XVI na celebração “Que a chama do amor de Cristo nunca se apague nos vossos corações” depois a saudação sempre emocionante em Português “Queridos jovens dos diversos países de língua oficial portuguesa e quantos vos acompanham, bem-vindos a Madrid! A todos saúdo com grande amizade e convido a subir até à fonte eterna da vossa juventude e conhecer o protagonista absoluto desta Jornada Mundial e – espero – da vossa vida: Cristo Senhor. Nestes dias, ouvireis pessoalmente ressoar a sua Palavra. Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé. A Igreja precisa de vós, e vós precisais da Igreja.” E sempre no seu discurso marcante para nós jovens cedentes da palavra sábias neste mundo tão difícil que nos rodeia “sede prudentes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz.”…. “escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós «espírito e vida» , raízes que alimentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo” dão que pensar.

Outro momento marcante foi a Via-Sacra vivida e sentida de uma forma intensa naquele ambiente “familiar” no meio de milhares de pessoas… os símbolos da semana Santa Espanhola ajudavam a “ilustrar” o momento… mas o simbolismo era o mais marcante, os jovens escolhidos para transportar a cruz (símbolo da JMJ) vinham de Países fustigados por catástrofes naturais como o Japão ou o Haiti, ou de áreas onde não reina a paz como o Iraque ou a Terra Santa, e as palavras finais de Bento XVI “que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos. Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes” marcaram-me nessa noite.

O JMJ entrava na recta final e a tão esperada Vigília com o Papa aproximava-se, não sei se alguma vez, vou conseguir transmitir por palavras o que se viveu em “Cuatro Vientos”, dois milhões de jovens, da nova geração ‘JMJ’, responderam presentes e nem o calor, o pó, o cansaço, a chuva ou o vento conseguiram travar, emocionou-me o que disse Bento XVI após a tempestade “Vivemos uma aventura juntos”. Uma noite única e irrepetível… numa expressão ímpar de fé… nunca vi tanta gente em “festa” e alegre… ou num silêncio total… estávamos todos embebidos do mesma “espírito”

O dia seguinte amanheceu sereno e tranquilo na Base Aérea de Quatro Ventos, as palavras de Bento XVI mostraram um Papa preocupado, carinhoso e emocionado… era um de nós, “Pensei muito em vós, nestas horas em que não foi possível ver-nos. Espero que tenhais podido dormir um pouco, apesar dos rigores do clima. Tenho certeza que, nesta madrugada, tereis levantando, mais de uma vez, os olhos para céu, e não só os olhos, também o coração, e isso vos terá permitido rezar. Deus tira o bem em tudo.”
Segui a Celebração com atenção tentando aproveitar ao máximo estes últimos momentos e assimilando todas as palavras de Bento XVI “ permiti que, como Sucessor de Pedro, vos convide a fortalecer esta fé que nos tem sido transmitida desde os apóstolos, a colocar Cristo, Filho de Deus, no centro da vossa vida. Mas permiti também que vos recorde que seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode, sozinho, seguir Jesus. Quem cede à tentação de seguir «por conta sua» ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d’Ele.”
Seguiram-se as últimas palavras do sucessor de Pedro aos “apóstolos do século XXI” sempre marcantes em Português, ainda hoje penso nelas “Queridos jovens e amigos de língua portuguesa, encontrastes Jesus Cristo! Sentir-vos-eis em contracorrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relativista que renuncia a buscar e a possuir a verdade. Mas foi para este momento da história, cheio de grandes desafios e oportunidades, que o Senhor vos mandou: para que, graças à vossa fé, continue a ressoar a Boa Nova de Cristo por toda a terra. Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens! Que Deus vos abençoe!”

E num momento da despedida um grito bem alto e em uníssono ressoa: “Esta es la Juventud del Papa!”

É esta a Igreja Católica Jovem, alegre, fraterna e actual, sem discursos moralistas e ideias retrógradas que me orgulho de fazer parte.

Sete dias de muita festa, manifestação de fé e testemunho para todo o mundo. Madrid foi uma experiencia impar e marcante, na companhia, posso dize-lo agora, dos “meus amigos”… enfrentamos estas Jornadas com a simplicidade e convicção próprias da juventude… Ficamos num ginásio, dormimos no chão e muitas vezes ao relento, tomamos banhos de água fria, carregamos a nossa mochila de peregrinos sempre pesada, enfrentamos filas e mais filas, para as actividades, para comermos, para entrar no metro e até para ir ao WC… enfrentamos temperaturas de 40°C, e horas de caminhada pela cidade e até uma tempestade de chuva. Sofremos intimidações, fomos assaltados e passamos momentos conturbados. E apesar de tudo isto todos os dias sorriamos, cantávamos, brincávamos, rezávamos juntos… edificados e enraizados em Cristo, cada vez mais firmes na nossa Fé.

Regressei a casa com aquela sensação de que vivi algo mágico, tão bom, tão bom, que se tivesse uma máquina do tempo voltaria para viver tudo outra vez…

Que a vida assim o permita, e nos encontremos todos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Eu acredito =)
Um abraço amigo,
João Toscano

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Passo a Passo, Chegamos à Santidade

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Jornadas Mundiais da Juventude, Madrid'11




Clica em "Continue" e assiste ao slideshow com as fotos das JMJ

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

“Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir”


Chamo-me Rita Baptista, tenho 31 anos e uma história de amor linda para contar, a história de Deus comigo! Sim, Deus tem sempre uma história de amor para escrever na vida de cada um de nós!
Sou natural de Beja, Alentejo, nasci numa família católica, mas pouco praticante e aos poucos Deus foi-se metendo na minha vida. Fui uma jovem como tantas outras, mas fui descobrindo progressivamente a pessoa de Jesus, que continuamente teimava em me surpreender (o nosso Deus é o Deus das surpresas). E fui-me deixando tocar pelo seu jeito de ser, de cativar, de seduzir… E quanto mais me sentia chamada a conhecê-lO e a participar na vida da minha paróquia, do grupo de jovens, dos movimentos juvenis em que participei (Convívio-Fraterno e Jovens Shemá’), mais me sentia cativada, fascinada e dentro de mim surgia uma voz que me repetia “Vem e Segue-me”! Inicialmente fiquei na dúvida, questionei-me e pus-me em busca. E foi um caminho que senti claramente não ser feito sozinha, Ele caminhava comigo e aos poucos foi-me revelando (por gestos, sinais, pessoas, e sobretudo, na oração) que me queria toda para Ele, queria-me inteiramente sua, para ser sua esposa.
Então, eis que brotam do coração as palavras do profeta: “Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir”. É tão profundo este amor de Deus que nos toca e chama que não se pode resistir. E quanto mais nos abandonamos nas Suas mãos, mais Ele faz maravilhas em nós…
Arrisquei nesta aventura de amor e, há 9 anos atrás, entrei na Fraternidade Franciscana Evangelizadora de Nª Sr.ª da Esperança para iniciar o Pré-Noviciado. Tem sido uma caminhada de verdadeira descoberta e relação com este Deus Amor que não se cansa de me buscar e seduzir e tomando-me pela mão me conduz à profunda relação esponsal com Ele.
Hoje, chegada a este momento tão importante e significativo para mim, a minha profissão perpétua, onde, depois de uma caminhada de juniorado desde os votos temporários (6 anos), me entrego para sempre e sem reservas, através dos votos de castidade, pobreza e obediência, a este Jesus que é toda a minha razão de viver. É para mim uma alegria muito grande e profunda que quero partilhar com todos os jovens da nossa diocese. E, por isso, quero convidar-vos a estarem presentes no próximo dia 25 de Setembro na Igreja Paroquial de Azinhaga pelas 11h, e também a participarem na vigília no dia 24, pelas 21h, no mesmo local.
Conto com a vossa presença e a vossa oração!

Ir. Rita Baptista, fense

terça-feira, 6 de setembro de 2011

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DA ANA AZEVEDO

Tentar testemunhar o que foi para mim a experiência da JMJ é um pouco complicado porque muito do que senti e vivi não consigo expressar por palavras, e outro tanto estou ainda a descobrir diariamente à medida que reflicto em tudo o que vivemos.


Houve vários momentos que me tocaram particularmente, já para não falar de toda a envolvência da JMJ que foi uma experiência fantástica. Contactar com todos aqueles jovens de várias partes do mundo, com culturas e línguas diferentes mas que falavam a «mesma linguagem» que nós, porque partilhavam connosco a mesma fé e acabavam, por isso, por estar mais próximos do que muitos daqueles que nos rodeiam diariamente, foi extraordinário. A alegria que todos transmitiam, e que deveria caracterizar todos os cristãos, esteve bem presente nesses dias. Ali estávamos mesmo com «ar de ressuscitados»  pegando um pouco na crítica que Nietzsche fazia aos cristãos. Mas voltando aos momentos que mais me tocaram, tenho de mencionar em primeiro lugar o musical Wojtyla que me deixou duas ideias a pairar na mente. Por um lado, aquela frase que, mais ou menos, dizia que se fossemos tudo o que podemos ser, incendiaríamos o mundo, bateu lá no fundo. Fez-me perceber que muitas vezes o que falta na nossa vida e nas nossas comunidades é a disponibilidade máxima de cada um de nós. Sem medos, sem desculpas, sem comodismo. Por outro lado, a questão da transformação de todas aquelas pessoas pelo contacto com João Paulo II fez-me pensar se nós, como cristãos, também não deveríamos conseguir transmitir algo aos outros, mesmo sem precisarmos de lhes dizer em que acreditamos. A nossa maneira de viver deveria fazer a diferença, devia trazer algo novo aos outros. E na maioria das vezes acho que não traz porque há algo na nossa vida que está errado. Ou há algo que fica dentro das paredes das nossas igrejas e dos nossos grupos em vez de sair para a vida…

Depois o encontro com os bispos portugueses foi também uma experiência muito boa mas que, confesso, me assustou um pouco. Isto porque, durante todo o encontro, eu só conseguia pensar que se a Igreja portuguesa se deu ao trabalho de fazer aquilo tudo só para os jovens, é porque realmente espera algo de nós e confia que sejamos capazes. E isso assusta!!! talvez porque compromete…

Os momentos de oração à noite foram também ocasiões muito marcantes. Depois do rebuliço e da correria do dia, que fazia muitas vezes com que não conseguíssemos digerir tudo o que tínhamos vivido, era aí que ia pondo as ideias em ordem, que me ia apercebendo do que tinha «recebido» durante o dia e que compreendia as experiências que o restante grupo ia também fazendo.

Mas um dos momentos que mais me marcou em toda a JMJ aconteceu com uma simples pergunta feita pelo padre Ricardo na missa que celebrámos no dia 17 e que pedia para reflectirmos sobre o que nos impede de ser firmes na fé (era mais ou menos esta a ideia, não me lembro bem da pergunta ). E aí eu percebi que o me impede é o facto de eu não confiar em Deus (e também nos outros, diga-se de passagem). E comecei também aí a perceber porque é que senti desde o início que tinha de ir à JMJ. É que, sinceramente, eu nunca tinha sentido nenhum interesse em participar nas Jornadas anteriores. Era algo em que nem sequer pensava (até porque não gostava lá muito do Papa ) e, por isso, nunca entendi a vontade que senti em participar nas Jornadas de 2011 desde que delas tomei conhecimento no Verão do ano passado. Entendi agora que precisava de aprender a confiar em Deus, mas a confiar mesmo a sério e não só quando EU tenho tudo sobre controlo; a confiar mesmo quando tudo parece desmoronar-se. E esta aprendizagem foi acontecendo durante todo o ano de preparação, sem que eu me apercebesse. Para já porque enquanto, por um lado, eu sentia que tinha de ir, por outro lado tudo acontecia de forma a dificultar a minha decisão: o casamento de uma das minhas melhores amigas durante a semana das Jornadas, o que me obrigava não só a voltar mais cedo e sozinha, mas também a perder os dias mais intensos do programa e a desistência de todo o meu grupo foram momentos complicados que me teriam feito desistir noutras circunstâncias. Mas algo me dizia que não precisava de desistir porque ia correr tudo bem. E eu confiei nem sei bem porquê. Depois durante a JMJ esta aprendizagem continuou: o confiar no grupo em coisas tão complexas como desabafos e reflexões e tão simples como nunca ter aprendido o caminho do alojamento até ao metro, simplesmente porque não era preciso. Havia sempre alguém que sabia. (E atenção, eu sou a pessoa que não vai a lado nenhum sem consultar o melhor percurso no Google e sem saber exactamente quais os transportes que tem de apanhar e onde estão as paragens ). Acho que até os momentos mais complicados que vivemos me ajudaram a aprender a confiar, a sentir que estava tudo bem porque estávamos juntos e com Deus. E não precisávamos de mais nada.

Na JMJ aprendi também que o «pão nosso de cada dia» é tudo o que precisamos. É que antes o que eu queria mesmo era o «pão meu dos próximos dois meses, no mínimo», assim para dar uma margem de segurança boa. Lá está, não confiava e só conseguia descansar se sentisse que tinha tudo sobre controlo e não teria sobressaltos nos tempos mais próximos. Mas durante aquela semana tudo se resolvia apenas quando tinha de resolver, não um dia antes, não uma hora antes. No momento. E isso bastava.

Resumindo, estou muito mais rica . Agora espero conseguir manter-me firme na fé através da certeza de que posso confiar n’Ele em qualquer situação, mesmo quando parece que Ele não está lá. Mas sinto que tenho também uma «missão»: a de viver cada vez mais enraizada n’Ele e a de tentar levar aos que aos que não partilharam connosco esta experiência um pouco do «abanão» que recebemos, para ver se, todos juntos, conseguimos fazer um pequeno «incêndio» que consiga transformar um bocadinho as pessoas e as situações que nos rodeiam.

                                                                                                                   Ana Azevedo

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DA LILIANA NABAIS

A Jornada Mundial da Juventude em Madrid, não é um acontecimento fácil de expor em palavras. De certa forma, a Jornada começa com a visita da cruz que, o agora beato, João Paulo II entregou aos jovens, para que desse a volta ao mundo, a Jornada começa quando se toma o peso dessa cruz já carregada por milhares de jovens, começa quando se sente o peso de uma parte da Igreja que me acolhe. No entanto, a verdadeira Jornada vive-se em Madrid, onde acontece a Igreja Universal.


Sinto que não parti com uma expectativa demasiado elevada, sinto até que não sabia o que esperar da Jornada Mundial. Madrid revelou-me uma semana cheia de tudo. Cheia de peripécias, de sustos, de cansaço e, sobretudo, cheia de amor, de atenção, dedicação e entrega...

No primeiro dia, visitei a exposição da Madre Teresa de Calcutá, na Casa das Missionárias da Caridade e, além do esplendor da vida da beata que me comove pela dimensão da simplicidade, retive, pelo que ia lendo nos painéis ao longo dos corredores, a imagem de uma fruta apodrecida numa fruteira. Naturalmente, essa fruta apodrecida aprodeceria as restantes frutas à sua volta e, aqui, comparo um pouco com a experiência de Madrid, houve momentos desagradáveis que poderiam ter “apodrecido” a semana, no entanto, isso não aconteceu... Esses momentos que foram surgindo apenas nos mostraram a firmeza da nossa fé.

Senti que, em Madrid, aconteceu magia. Senti o poder do amor de Deus actuar e tornar-se cada vez mais visível, mais fáil. Senti em cada olhar, sorriso e palavra uma manifestação desse amor. Senti como é bom continuar a crescer ao lado daqueles que partilham comigo esta magia, como é bom crescer nesta Igreja jovem presente nas ruas, nas praças, nos metros, nos comboios de Madrid.

Em Madrid, soube bem a dureza e a simplicidade. Soube bem a dureza do cansaço que contava a história de mais um pedaço de caminho. Soube bem aperceber-me da grandeza do beato João Paulo II, no espectáculo do Wojtyla. Soube bem rezar vésperas no meio da rua, soube bem a simplicidade dessas paragens para nos manterem em ritmo de oração. Soube bem adentrarmo-nos na confusão para ficarmos apenas mais próximos. Souberam bem as partilhas, à noite, na aparente quietude de Móstoles. De certa forma, começou a saber bem os contratempos, o pó do aerodromo, a chuva durante a Vigília, pela união que se criou. Soube bem, em cada dia, darmos as mãos ao rezar o Pai Nosso e sentir a enormidade do abraço da paz, apesar de só abraçar aquele que está junto de mim, é um acto que se torna uno, ali entre dois milhões de jovens.

De Madrid ecoam ainda as palavras do Santo Padre “Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, sereis um elo na grande cadeia dos fiéis... A Igreja precisa de vós e vós precisais da Igreja”, chego a Portugal este desafio de radicar a minha fé em Cristo e a tornar-me cada vez mais firme na fé da Igreja alimentada pela Palavra de Deus.

Agora que recordo Madrid, lembro a agitação das ruas, lembro o cruzar-me com tanta gente desconhecida que esteve ali e que vive fortalecida pela mesma alegria que eu, lembro a “independência” responsável, a liberdade entrecortada pelo susto, a adrenalina da distância e do sentir perto. Agora, sinto Madrid como cidade de contraste, um contraste são, agradável. O contraste de querer estar fora, estando dentro, o querer partir e ficar...

De Madrid, retenho também o desafio de ser aquilo que devo ser e assim pegar fogo ao mundo inteiro, como concluia a mensagem transmitida no musical Wojtyla.

Na certeza desta fé mais firme, hoje confio ao Senhor, as palavras de Bento XVI na homília da eucaristia do envio no aerodromo de Quatro Ventos, “Jesus, eu sei que Tu és o Filho de Deus que deste a Tua vida por mim. Quero seguir-Te fielmente e deixar-me guiar pela Tua palavra. Tu conheces-me e amas-me. Eu confio em Ti e coloco nas Tuas mãos a minha vida inteira”.



Liliana Nabais

JMJ MADRID 2011 - TESTEMUNHO DA FILIPA OLIVEIRA

Fui para Madrid na esperança de encontrar pessoas de todo o mundo e de viver esta Igreja Universal, mas aquilo de que não estava à espera era de “encontrar” as pessoas que têm estado ao meu lado nos últimos anos.


Para além de toda a emoção de estar na presença do Papa, ouve a emoção de partilhar este Cristo que vive em nós com pessoas de todo o mundo. Podemos não lhes ter tocado, o abraço da paz pode apenas ter sido trocado com o vizinho do lado, tal como as mãos-dadas no Pai-nosso, mas houve mais. Houve uma união com 1 milhão de jovens que vivem Cristo na Igreja, no mundo de hoje, em comunidade. Tal como o Santo Padre dizia: os jovens não podem partir na aventura de Cristo sozinhos, esta caminhada não é para fazer no isolamento, é antes para ser feita na companhia uns dos outros. Nomeadamente no nosso grupo foi isso que se viveu, um sentimento de Cristo partilhado e com vontade de o extrapolar para além das pessoas do costume, uma vontade de acolher o “estrangeiro”, também nós fizemos esse acolhimento.

Não posso dizer que saí da Golegã de mala vazia, mas vim com certeza de Madrid com uma mala maior, cheia das experiências que vivemos e repleta do amor de Deus que nos une nas nossas vidas quotidianas.



Filipa Oliveira

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E-mail dos responsáveis do alojamento em Madrid

Olá a todos!
O Edmundo e a esposa Nilda, os responsáveis pelo acolhimento e alojamento do nosso grupo de Santarém, nas JMJ Madrid, enviaram-nos um e-mail... Está trduzido pelo Google, mas é perceptível :)
Segue abaixo



"... Eu liguei e ele me respondeu"



Na paróquia, quando fomos convidados para trabalhar para o JMJ-Madrid, sentimos uma grande emoção e imediatamente expressa o nosso desejo YES!. Deus não sabia como entramos, mas como o Senhor não é fácil dizer não, ele vem com todas as conseqüências Senhor.

Os dias foram passando e com eles veio a dúvida, cansaço, desânimo ... e como a chegada dos Peregrinos primeiro veio o medo se aproximando, a falta de confiança em nós mesmos, mas avançamos, nós estávamos certos que o Senhor estava conosco do nosso lado, quem será contra nós?.

Materiais começaram a chegar em fogo lento, em todas as horas, esperaram o tempo determinado o caminhão de entrega e tomou seu tempo. Mas firmes na fé, como o lema da nossa Jornada Mundial da Juventude, no final do dia Deus estava sempre ao nosso lado.

Na última segunda-feira 15 de agosto, dia da abertura oficial da JMJ, o primeiro grupo de peregrinos chegou à nossa paróquia com o rosto cansado de uma viagem tão longa, mas com o coração cheio de fé, que na boca do Santo Padre Bento, Paulo convidou-nos, que realmente bela, era como um fã de ilusões que começam a acontecer e todas as dúvidas anteriores e medos desapareceram. Imediatamente, um grande número de crianças atribuídas à paróquia inundado com alegria todos os espaços, Paraguai, Húngaro, Português, Palestina, Venezuela, Espanha, Equador ... ansioso para ouvir a Palavra de Deus através de Sua Santidade e os Pastores na catequese. Nós nos perguntamos. Que força os une?. A resposta foi: o amor de Cristo e sua Igreja.

Na faculdade não foi designado, o Móstoles Paul Sorozábal, 172 jovens em perfeita ordem e disciplina começou a levantar o acampamento, o jovem Português e brasileiros que queriam viver neste tempo e compartilhar sua fé; se organizou sua mudança de limpeza entrega do café da manhã, orações .... A própria Igreja agir. "Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles", diz o Senhor. Mt 18, 20.

172 jovens e não desagradável decepção palavra, dissonantes ... que bela quando Cristo está em nosso meio, vê-lo refletido nos rostos de cada um desses jovens foi uma justa recompensa para as dificuldades antes da JMJ. O que nos impressionou mais foi vê-los chegar tarde da noite e tem que unir forças em um círculo no meio do tribunal múltiplas para rezar Completas e agradecer ao Senhor para o dia dado pelas experiências vividas pela catequese transmitido e recebido o Sacramento do Perdão. Nós não eram estranhas a ele, orou pedindo para estes povoamentos jovens saudáveis para enfrentar os desafios do século XXI traz para permanecer fiel a Jesus Cristo ea sua Igreja. Em casa e na nossa paróquia, tão querida, semear para os outros verem o fruto.

"... Eu liguei e ele respondeu-me." Obrigado Senhor, porque apesar da nossa miséria humana nos chamou para trabalhar nesta JMJ-Madrid, porque sem ser jovem aprender com os jovens aprenderam a dar sem esperar nada em troca. No cansaço do nosso dia ficou aliviado com o dom total para você. Na peregrinação é rezar com os pés. Em nossa cruz deve ser a fonte de nossa força e da confidencialidade da nossa paz, como João XXIII indicou ... em suma que estão sempre conosco.

No dia da partida e enquanto cavalgavam nos autocarros, demos graças por sua hospitalidade e mostrou-nos coisas bonitas, mas uma ficamos muito impressionados, que tinha sido por uma semana os pais espanhóis.

Continuamos a orar por eles e sempre estará em nossos corações, obrigado Leo, graças George, graças Alzira, graças Richard, graças Peter, graças Juan Pablo, graças Mary ... obrigado, obrigado Senhor, obrigado por nos ajudar a ser cada vez mais fiel ao Senhor ....

Edmund e Nilda
Móstoles, 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Programa do Encontro Nacional dos Convívios Fraternos

Olá a Todos

Segue o programa do Encontro Nacional de Convívios Fraternos


Sexta dia 9 de Setembro
21h – chegada a Fátima (encontramo-nos junto ao restaurante Ponto de Encontro na rotunda Sul – dos pastorinhos)
22h – Via Sacra


Sábado dia 10 de Setembro
14H00 - Concentração e acolhimento dos peregrinos junto à Cruz Alta.
14H30 - Celebração Penitencial colectiva no Convívio Santo Agostinho e individual numa das alas da Capela da Reconciliação. A Festa da Ressurreição é na Capela da Morte de Jesus.
16H45 - Concentração de todos os jovens e casais na frente da igreja da Santíssima Trindade.
17H00 - Desfile, saudação a Nossa Senhora e Celebração da Palavra na Capelinha das Aparições.
18H00 - Celebração na Capela da Morte de Jesus, na igreja da Santíssima Trindade.
21H15 - Terço e Procissão de velas, na Capelinha das Aparições.
22H30 - Vigília de Oração na igreja da Santíssima Trindade.



Domingo dia 11 de Setembro
10H15 - Terço na Capelinha das Aparições, seguido de Cortejo Litúrgico com a Imagem de Nossa Senhora para o Altar.
11H00 - Celebração da Eucaristia no Altar do recinto com a prece a Nossa Senhora e Procissão do Adeus.
14H00 - Festa de despedida no parque nº. 2.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Festival Mesh.com

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CERIMÓNIA DE DESPEDIDA

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
Aeroporto Internacional de Barajas de Madrid
Domingo, 21 de Agosto de 2011


Majestades,
Distintas Autoridade Nacionais, Autonómicas e Locais,
Senhor Cardeal Arcebispo de Madrid e Presidente da Conferência Episcopal Espanhola,
Senhores Cardeais e Irmãos no Episcopado,
Meus Amigos:

Chegou o momento de nos despedirmos. Estes dias, que passei em Madrid com uma representação tão numerosa de jovens da Espanha e do mundo inteiro, ficarão profundamente gravados na minha memória e no meu coração.

Majestade, o Papa sentiu-se muito bem na Espanha. Também os jovens, protagonistas desta Jornada Mundial da Juventude, foram muito bem acolhidos aqui e em tantas cidades e localidades espanholas, que puderam visitar nos dias anteriores da referida Jornada.

Obrigado a Vossa Majestade pelas suas cordiais palavras e por ter querido acompanhar-me tanto na recepção como agora ao despedir-me. Obrigado às Autoridades nacionais, autonómicas e locais, que manifestaram com a sua cooperação uma fina sensibilidade por este acontecimento internacional. Obrigado aos milhares de voluntários que tornaram possível o bom andamento de todas as actividades deste encontro: os diversos momentos literários, musicais, culturais e religiosos do «Festival Jovem», as catequeses dos Bispos e os actos centrais celebrados com o Sucessor de Pedro. Obrigado às Forças de Segurança e da Ordem, bem como a quantos colaboraram prestando os mais variados serviços: desde o cuidado da música e da liturgia, até ao transporte, aos cuidados sanitários e ao abastecimento.

A Espanha é uma grande nação, que, numa convivência salutarmente aberta, plural e respeitadora, sabe e pode progredir sem renunciar à sua alma profundamente religiosa e católica. Manifestou-o uma vez mais nestes dias, ao aplicar a sua capacidade técnica e humana num empreendimento de tanta importância e futuro, como é este que facilita à juventude mergulhar as suas raízes em Jesus Cristo, o Salvador.

Uma palavra de particular gratidão é devida aos organizadores da Jornada: ao Cardeal Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos e a todo o pessoal desse Dicastério; ao Cardeal Arcebispo de Madrid, António Maria Rouco Varela, juntamente com os seus Bispos Auxiliares e toda a arquidiocese; nomeadamente ao Coordenador Geral da Jornada, Monsenhor César Augusto Franco Martínez e aos seus colaboradores, tantos e tão generosos. Os Bispos trabalharam com solicitude e abnegação nas suas dioceses para uma perfeita preparação da Jornada, juntamente com os sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos. Para todos vai o meu reconhecimento, juntamente com a minha súplica ao Senhor para que abençoe os seus trabalhos apostólicos.

E não poso deixar de agradecer com todo o coração aos jovens por terem vindo a esta Jornada, pela sua participação alegre, entusiasta e vigorosa. Digo-lhes: obrigado e parabéns pelo testemunho que destes em Madrid e no resto das cidades espanholas onde estivestes. Convido-vos agora a difundir por todos os cantos do mundo a feliz e profunda experiência de fé que vivestes neste nobre País. Transmiti a vossa alegria especialmente a quantos quiseram vir e pelas mais diversas circunstâncias não o puderam fazer, a tantos que rezaram por vós e a quantos a própria celebração da Jornada tocou o coração. Com a vossa solidariedade e testemunho, ajudai os vossos amigos e companheiros a descobrirem que amar Cristo é viver em plenitude.

Deixo a Espanha feliz e agradecido a todos, mas sobretudo a Deus, Nosso Senhor, que me permitiu celebrar esta Jornada repleta de graça e emoção, carregada de dinamismo e esperança. Sim, a festa da fé que compartilhamos permite-nos olhar em frente com muita confiança na Providência, que guia a Igreja pelos mares da história; por isso permanece jovem e cheia de vitalidade, mesmo enfrentando árduas situações. Isto é obra do Espírito Santo, que torna presente Jesus Cristo nos corações de jovens de cada época e, deste modo, lhe mostra a grandeza da vocação divina de todo o ser humano. Pudemos comprovar também como a graça de Cristo derruba os muros e franqueia as fronteiras que o pecado levanta entre os povos e as gerações, para fazer de todos os homens uma só família que se reconhece unida no único Pai comum, e que cultiva com o seu trabalho e respeito tudo o que Ele nos deu na criação.

Os jovens respondem com prontidão quando se lhes propõe, com sinceridade e verdade, o encontro com Jesus Cristo, único Redentor da humanidade. Agora regressam às suas casas como missionários do Evangelho, «enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» e terão necessidade de ajuda no seu caminho. Por isso confio, de modo particular aos Bispos, sacerdotes, religiosos e educadores cristãos, o cuidado da juventude que deseja responder com entusiasmo ao chamado do Senhor. Não há que desanimar com as contrariedades que, de diversos modos, se apresentam nalguns países. Mais forte do que todas elas é o anseio de Deus, que o Criador colocou no coração dos jovens, e o poder do Alto, que concede fortaleza divina aos que seguem o Mestre e a quantos buscam n’Ele alimento para a vida. Não tenhais medo de apresentar aos jovens a mensagem de Jesus Cristo em toda a sua integridade e convidá-los para os sacramentos, pelos quais nos torna participantes da sua própria vida.

Majestade, antes de regressar a Roma, quero assegurar aos espanhóis de que os tenho muito presente na minha oração, rezando especialmente pelos esposos e as famílias que afrontam dificuldades de diversa natureza, pelos necessitados e enfermos, pelos avós e as crianças, e também por aqueles que não encontram trabalho. Rezo igualmente pelos jovens da Espanha. Estou convencido que, animados pela fé em Cristo, darão o melhor de si mesmos, para que este grande País enfrente os desafios da hora actual, e continue avançando pelos caminhos da concórdia, da solidariedade, da justiça e da liberdade. Com estes desejos, confio a todos os filhos desta terra nobre à intercessão da Virgem Maria, nossa Mãe do Céu, e de coração os abençoo com afecto. Que a alegria do Senhor inunde sempre os vossos corações. Muito obrigado!

ENCONTRO COM OS VOLUNTÁRIOS DA 26ª JMJ

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
Pavilhão 9 da nova Feira de Madri-IFEMA
Domingo, 21 de Agosto de 2011


Queridos Voluntários!

Concluídas as actividades desta inesquecível Jornada Mundial da Juventude, quis deter-me aqui, antes de regressar a Roma, para vos agradecer vivamente pelo vosso inestimável serviço. É um dever de justiça e uma necessidade do coração. Um dever de justiça, porque, graças à vossa colaboração, os jovens peregrinos puderam encontra um amável acolhimento e uma ajuda para todas as suas necessidades. Com o vosso serviço, conferistes à Jornada Mundial a fisionomia da amabilidade, da simpatia e da dedicação aos outros.

Mas o meu agradecimento é também uma necessidade do coração, porque estivestes atentos não só aos peregrinos mas também ao Papa, a mim. Em todos os momentos em que participei, lá vos encontrei: uns visivelmente e outros em segundo plano, possibilitando a ordem que se requeria para tudo correr pelo melhor. E também não posso esquecer o esforço da preparação destes dias. Quantos sacrifícios, quanta solicitude! Todos vós, cada um como sabia e podia, pouco a pouco fostes tecendo com o vosso trabalho e oração a maravilhosa tela multicolor desta Jornada. Muito obrigado pela vossa dedicação. Agradeço-vos este profundo sinal de amor.

Muitos de vós tiveram de renunciar à participação directa nos actos celebrativos, ocupados como estáveis com outras tarefas da sua organização. Mas esta renúncia constituiu uma forma bela e evangélica de participar na Jornada: a da entrega aos outros, de que fala Jesus. De certo modo, tornastes realidade estas palavras do Senhor; «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Tenho a certeza de que esta experiência como voluntário vos enriqueceu a todos na vossa vida cristã, que é fundamentalmente um serviço de amor. O Senhor transformará a vossa fadiga acumulada, as preocupações e a pressão de muitos momentos, em frutos de virtudes cristãs: paciência, mansidão, alegria de se dar aos outros, disponibilidade para cumprir a vontade de Deus. Amar é servir, e o serviço aumenta o amor. Penso que este seja um dos frutos mais belos da vossa contribuição para a Jornada Mundial da Juventude. Mas esta colheita não beneficia apenas a vós, mas à Igreja inteira que, com mistério de comunhão, se enriquece com o contributo de cada um dos seus membros.

Agora, ao voltardes para a vossa vida de todos os dias, animo-vos a guardardes no vosso coração esta experiência feliz e a crescerdes cada vez mais na entrega de vós mesmos a Deus e aos homens. É possível que, em tantos de vós, se tenha levantado, débil ou poderosamente, esta pergunta muito simples: O que Deus quer de mim? Qual é o desígnio de Deus para a minha vida? Não poderia eu gastar a minha vida inteira na missão de anunciar ao mundo a grandeza do seu amor através do sacerdócio, da vida consagrada ou do matrimónio? Se vos veio esta inquietação, deixai-vos conduzir pelo Senhor e oferecei-vos como voluntário ao serviço d’Aquele que «não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos» (Mc 10, 45). E a vossa vida alcançará uma plenitude que nem suspeitais. Talvez alguém esteja a pensar: O Papa veio para nos agradecer, e deixa-nos com um pedido! Sim, é mesmo assim! Esta é a missão do Papa, Sucessor de Pedro. Não esqueçais que Pedro, na sua primeira carta, recorda aos cristãos o preço com que forma resgatados: o do sangue de Cristo (cf. 1 Ped 1, 18-19). Quem avalia a sua vida a partir desta perspectiva sabe que ao amor de Cristo só se pode responder com amor; e é isto mesmo que vos pede o Papa agora na despedida: que respondais com amor a Quem por amor Se entregou por vós. De novo obrigado, e que Deus sempre vos acompanhe!

ANGELUS

ANGELUS
Base Aérea de Quatro Ventos, Madrid
Domingo, 21 de Agosto de 2011


Queridos amigos!

Agora ides regressar aos vossos lugares de residência habitual. Os vossos amigos vão querer saber o que é que mudou em vós depois de vos terdes encontrado nesta nobre cidade com o Papa e centenas de milhares de jovens do mundo inteiro: Que ireis dizer-lhes? Convido-vos a dar um testemunho destemido de vida cristã diante dos outros. Assim sereis fermento de novos cristãos e fareis com que a Igreja se levante robusta no coração de muitos.

Nestes dias, quanto pensei naqueles jovens que aguardam o vosso regresso! Transmiti-lhes a minha estima, particularmente aos mais desfavorecidos, e também às vossas famílias e às comunidades de vida cristã a que pertenceis.

Não posso deixar de vos confessar que estou verdadeiramente impressionado com o número de Bispos e sacerdotes presentes nesta Jornada. Agradeço-lhes a todos do fundo da alma, animando-lhes, ao mesmo tempo, a continuar cultivando a pastoral juvenil com entusiasmo e dedicação.

Saúdo com afecto o Senhor Arcebispo castrense e agradeço vivamente à Força Aérea por ter cedido com tanta generosidade a Base Aérea de Quatro Ventos, justamente no centenário da criação da aviação militar espanhola. Sob a materna protecção de Maria Santíssima, na sua invocação de Nossa Senhora de Loreto, coloco todos os seus integrantes e suas famílias.

De igual modo, sabendo que ontem se comemorava o terceiro aniversário do grave acidente aéreo que se deu no aeroporto de Barajas, causando numerosas vítimas e feridos, desejo fazer chegar a minha solidariedade espiritual e o meu sentido afecto a todos os atingidos por esta desgraça, bem como aos familiares dos falecidos, cujas almas encomendamos à misericórdia de Deus.

Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira.

Queridos amigos, antes de nos despedirmos e no momento em que os jovens de Espanha entregam aos do Brasil a cruz das Jornadas Mundiais da juventude, como Sucessor de Pedro confio a todos os presentes esta insigne incumbência: Levai o conhecimento e o amor de Cristo ao mundo inteiro. Ele quer que sejais os seus apóstolos no século XXI e os mensageiros da sua alegria. Não O desiludais! Muito obrigado!

Saudação em francês

Queridos jovens de língua francesa, hoje Cristo pede-vos para permanecerdes radicados n’Ele e, com a sua ajuda, edificar a vossa vida sobre a rocha que é Ele mesmo. Ele vos envia para serdes testemunhas corajosas e sem complexos, autênticas e credíveis! Não tenhais medo de ser católicos e dar sempre testemunho disso mesmo ao vosso redor com simplicidade e sinceridade. Que a Igreja encontre em vós e na vossa juventude os missionários radiosos da Boa Nova!

Saudação em inglês

Saúdo todos os jovens de língua inglesa presentes hoje aqui. Como agora ides voltar para casa, levai convosco a boa nova do amor de Cristo, que experimentamos nestes dias inesquecíveis. Fixai os vossos olhos n’Ele, aprofundai o vosso conhecimento do Evangelho e produzi abundantes. Deus vos abençoe até nos encontrarmos de novo!

Saudação em alemão

Meus queridos amigos, a fé não é uma teoria. Crer significa entrar numa relação pessoal com Jesus e viver a amizade com Ele em comunhão com os demais, na comunidade da Igreja. Confiai a Cristo a vossa vida e ajudai os vossos amigos a alcançar a fonte da vida, Deus. Que o Senhor vos torne testemunhas alegres do seu amor.

Saudação em italiano

Queridos jovens de língua italiana! Saúdo-vos todos vós. A Eucaristia que celebrámos é Cristo ressuscitado presente e vivo no meio de nós: graças a Ele, a vossa vida está enraizada e alicerçada em Deus, está firme na fé. Com esta certeza, regressai de Madrid e anunciai a todos o que vistes e ouvistes. Respondei com alegria ao chamamento do Senhor, segui-O pela estrada que vos indicará e permanecei sempre unidos a Ele: produzireis muito fruto!

Saudação em português

Queridos jovens e amigos de língua portuguesa, encontrastes Jesus Cristo! Sentir-vos-eis em contra-corrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relativista que renuncia a buscar e a possuir a verdade. Mas foi para este momento da história, cheio de grandes desafios e oportunidades, que o Senhor vos mandou: para que, graças à vossa fé, continue a ressoar a Boa Nova de Cristo por toda a terra. Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens! Que Deus vos abençoe!

Saudação em polaco

Queridos jovens polacos, fortes na fé, radicados em Cristo! Os dons recebidos de Deus nestes dias produzam em vós frutos abundantes. Sede as suas testemunhas. Levai aos outros a mensagem do Evangelho. Com a vossa oração e com o exemplo da vida ajudai a Europa a encontrar de novo as suas raízes cristãs.

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA CONCLUSIVA

PALAVRAS DO SANTO PADRE
NO INÍCIO DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

Base Aérea de Quatro Ventos, Madrid
Domingo, 21 de Agosto de 2011


Queridos Jovens,

Pensei muito em vós, nestas horas em que não foi possível ver-nos. Espero que tenhais podido dormir um pouco, apesar dos rigores do clima. Tenho certeza que, nesta madrugada, tereis levantando, mais de uma vez, os olhos para céu, e não só os olhos, também o coração, e isso vos terá permitido rezar. Deus tira o bem em tudo. Com esta confiança, e sabendo que o Senhor nunca nos abandona, comecemos a nossa celebração eucarística cheios de entusiasmo e firmes na fé.

* * *





HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Queridos jovens,

Com a celebração da Eucaristia, chegamos ao momento culminante desta Jornada Mundial da Juventude. Ao ver-vos aqui, vindos em grande número de todas as partes, o meu coração enche-se de alegria, pensando no afecto especial com que Jesus vos olha. Sim, o Senhor vos quer bem e vos chama seus amigos (cf. Jo 15, 15). Ele vem ter convosco e deseja acompanhar-vos no vosso caminho, para vos abrir as portas duma vida plena e tornar-vos participantes da sua relação íntima com o Pai. Pela nossa parte, conscientes da grandeza do seu amor, desejamos corresponder, com toda a generosidade, a esta manifestação de predilecção com o propósito de partilhar também com os demais a alegria que recebemos. Na actualidade, são certamente muitos os que se sentem atraídos pela figura de Cristo e desejam conhecê-Lo melhor. Pressentem que Ele é a resposta a muitas das suas inquietações pessoais. Mas quem é Ele realmente? Como é possível que alguém que viveu na terra há tantos anos tenha algo a ver comigo hoje?

No evangelho que ouvimos (cf. Mt 16, 13-20), vemos representadas, de certo modo, duas formas diferentes de conhecer Cristo. O primeiro consistiria num conhecimento externo, caracterizado pela opinião corrente. À pergunta de Jesus: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?», os discípulos respondem: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas». Isto é, considera-se Cristo como mais um personagem religioso junto aos que já são conhecidos. Depois, dirigindo-se pessoalmente aos discípulos, Jesus pergunta-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro responde formulando a primeira confissão de fé: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». A fé vai mais longe que os simples dados empíricos ou históricos, e é capaz de apreender o mistério da pessoa de Cristo na sua profundidade.

A fé, porém, não é fruto do esforço do homem, da sua razão, mas é um dom de Deus: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu». Tem a sua origem na iniciativa de Deus, que nos desvenda a sua intimidade e nos convida a participar da sua própria vida divina. A fé não se limita a proporcionar alguma informação sobre a identidade de Cristo, mas supõe uma relação pessoal com Ele, a adesão de toda a pessoa, com a sua inteligência, vontade e sentimentos, à manifestação que Deus faz de Si mesmo. Deste modo, a pergunta de Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?», no fundo está impelindo os discípulos a tomarem uma decisão pessoal em relação a Ele. Fé e seguimento de Cristo estão intimamente relacionados.

E, dado que supõe seguir o Mestre, a fé tem que se consolidar e crescer, tornar-se mais profunda e madura, à medida que se intensifica e fortalece a relação com Jesus, a intimidade com Ele. Também Pedro e os outros apóstolos tiveram que avançar por este caminho, até que o encontro com o Senhor ressuscitado lhes abriu os olhos para uma fé plena.

Queridos jovens, Cristo hoje também se dirige a vós com a mesma pergunta que fez aos apóstolos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Respondei-Lhe com generosidade e coragem, como corresponde a um coração jovem como o vosso. Dizei-Lhe: Jesus, eu sei que Tu és o Filho de Deus que deste a tua vida por mim. Quero seguir-Te fielmente e deixar-me guiar pela tua palavra. Tu conheces-me e amas-me. Eu confio em Ti e coloco nas tuas mãos a minha vida inteira. Quero que sejas a força que me sustente, a alegria que nuca me abandone.

Na sua reposta à confissão de Pedro, Jesus fala da sua Igreja: «Também Eu te digo: Tu é Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja». Que significa isto? Jesus constrói a Igreja sobre a rocha da fé de Pedro, que confessa a divindade de Cristo.

Sim, a Igreja não é uma simples instituição humana, como outra qualquer, mas está intimamente unida a Deus. O próprio Cristo Se refere a ela como a «sua» Igreja. Não se pode separar Cristo da Igreja, tal como não se pode separar a cabeça do corpo (cf. 1 Cor 12, 12). A Igreja não vive de si mesma, mas do Senhor. Ele está presente no meio dela e dá-lhe vida, alimento e fortaleza.

Queridos jovens, permiti que, como Sucessor de Pedro, vos convide a fortalecer esta fé que nos tem sido transmitida desde os apóstolos, a colocar Cristo, Filho de Deus, no centro da vossa vida. Mas permiti também que vos recorde que seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode, sozinho, seguir Jesus. Quem cede à tentação de seguir «por conta sua» ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d’Ele.

Ter fé é apoiar-se na fé dos teus irmãos, e fazer com que a tua fé sirva também de apoio para a fé de outros. Peço-vos, queridos amigos, que ameis a Igreja, que vos gerou na fé, que vos ajudou a conhecer melhor Cristo, que vos fez descobrir a beleza do Seu amor. Para o crescimento da vossa amizade com Cristo é fundamental reconhecer a importância da vossa feliz inserção nas paróquias, comunidades e movimentos, bem como a participação na Eucaristia de cada domingo, a recepção frequente do sacramento do perdão e o cultivo da oração e a meditação da Palavra de Deus.

E, desta amizade com Jesus, nascerá também o impulso que leva a dar testemunho da fé nos mais diversos ambientes, incluindo nos lugares onde prevalece a rejeição ou a indiferença. É impossível encontrar Cristo, e não O dar a conhecer aos outros. Por isso, não guardeis Cristo para vós mesmos. Comunicai aos outros a alegria da vossa fé. O mundo necessita do testemunho da vossa fé; necessita, sem dúvida, de Deus. Penso que a vossa presença aqui, jovens vindos dos cinco continentes, é uma prova maravilhosa da fecundidade do mandato de Cristo à Igreja: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15). Incumbe sobre vós também a tarefa extraordinária de ser discípulos e missionários de Cristo noutras terras e países onde há multidões de jovens que aspiram a coisas maiores e, vislumbrando em seus corações a possibilidade de valores mais autênticos, não se deixam seduzir pelas falsas promessas dum estilo de vida sem Deus.

Queridos jovens, rezo por vós com todo o afecto do meu coração. Encomendo-vos à Virgem Maria, para que Ela sempre vos acompanhe com a sua intercessão materna e vos ensine e fidelidade à Palavra de Deus. Peço-vos também que rezeis pelo Papa, para que, como Sucessor de Pedro, possa continuar confirmando na fé os seus irmãos. Que todos na Igreja, pastores e fiéis, nos aproximemos de dia para dia sempre mais do Senhor, para crescermos em santidade de vida e darmos assim um testemunho eficaz de que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho de Deus, o Salvador de todos os homens e a fonte viva da sua esperança. Amen.

VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM OS JOVENS

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Aeroporto Cuatro Vientos de Madrid
Sábado, 20 de Agosto de 2011


Queridos amigos!

Saúdo-vos a todos, e de modo particular aos jovens que me formularam as perguntas, agradecendo-lhes a sinceridade com que expuseram as suas inquietações, que exprimem de certo modo o anseio de todos vós por alcançar algo de grande na vida, algo que vos dê plenitude e felicidade.

Mas, como pode um jovem ser fiel à fé cristã e continuar a aspirar a grandes ideais na sociedade actual? No evangelho que escutámos, Jesus dá-nos uma resposta a esta importante questão: «Assim como o Pai Me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor» (Jo 15, 9).

Sim, queridos amigos, Deus ama-nos. Esta é a grande verdade da nossa vida e que dá sentido a tudo o mais. Não somos fruto do acaso nem da irracionalidade, mas, na origem da nossa existência, há um projecto de amor de Deus. Assim permanecer no seu amor significa viver radicados na fé, porque esta não é a simples aceitação dumas verdades abstractas, mas uma relação íntima com Cristo que nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como pessoas que se sabem amadas por Deus.

Se permanecerdes no amor de Cristo, radicados na fé, encontrareis, mesmo no meio de contrariedades e sofrimentos, a fonte do júbilo e a alegria. A fé não se opõe aos vossos ideais mais altos; pelo contrário, exalta-os e aperfeiçoa-os. Queridos jovens, não vos conformeis com nada menos do que a Verdade e o Amor, não vos conformeis com nada menos do que Cristo.

Precisamente agora, quando a cultura relativista dominante renuncia e menospreza a busca da verdade, que é a aspiração mais alta do espírito humano, devemos propor, com coragem e humildade, o valor universal de Cristo como Salvador de todos os homens e fonte de esperança para a nossa vida. Ele, que tomou sobre si as nossas aflições, conhece bem o mistério do sofrimento humano e mostra a sua presença amorosa em todos aqueles que sofrem. Estes, por sua vez, unidos à paixão de Cristo, participam intimamente da Sua obra de redenção. Além disso, a nossa atenção desinteressada pelos doentes e aos desamparados, sempre será um testemunho humilde e silencioso do rosto compassivo de Deus.

Nesta vigília de oração, convido-vos a pedir a Deus que vos ajude a descobrir a vossa vocação na sociedade e na Igreja e a perseverar nela com alegria e fidelidade. Vale acolher dentro de nós o chamado de Cristo e seguir com coragem e generosidade o caminho que Ele nos proponha.

A muitos, o Senhor chama ao matrimónio, no qual um homem e uma mulher, formando uma só carne (cf. Gn 3, 24), se realizam numa profunda vida de comunhão. É um horizonte de vida ao mesmo tempo luminoso e exigente; um projecto de amor verdadeiro, que se renova e consolida cada dia, partilhando alegrias e dificuldades, e que se caracteriza por uma entrega da totalidade da pessoa. Por isso, reconhecer a beleza e bondade do matrimónio significa estar conscientes de que o âmbito adequado à grandeza e dignidade do amor matrimonial só pode ser um âmbito de fidelidade e indissolubilidade e também de abertura ao dom divino da vida.

A outros, diversamente, Cristo chama-os a segui-Lo mais de perto no sacerdócio ou na vida consagrada. Como é belo saber que Jesus vem à tua procura, fixa o seu olhar em ti e, com a sua voz inconfundível, diz também a ti: «Segue-Me» (cf. Mc 2, 14).

Queridos jovens, para descobrir e seguir fielmente a forma de vida a que o Senhor chama cada um de vós, é indispensável permanecer no seu amor como amigos. E, como se mantém a amizade se não com o trato frequente, o diálogo, o estar juntos e o partilhar anseios ou penas? Dizia Santa Teresa de Ávila que a oração não é outra coisa senão «tratar de amizade – estando muitas vezes tratando a sós – com Quem sabemos que nos ama» (Livro da Vida, 8).

Convido-vos, pois, a ficardes agora em adoração a Cristo, realmente presente na Eucaristia; a dialogar com Ele, a expor na sua presença as vossas questões e a escutá-Lo. Queridos amigos, rezo por vos com toda a minha alma; suplico-vos que rezeis também por mim. Peçamos-Lhe, ao Senhor, nesta noite que, atraídos pela beleza do seu amor, vivamos sempre fielmente como seus discípulos. Amen.

Queridos amigos! Obrigado pela vossa alegria e pela vossa resistência! A vossa força é mais poderosa que a chuva. Obrigado! O Senhor, com a chuva, mandou-nos muitas bênçãos. Também nisto, sois um exemplo.



Saudação em francês

Queridos jovens francófonos, sede orgulhosos por ter recebido o dom da fé. Será ela a iluminar o vosso caminho em cada instante. Apoiai-vos igualmente sobre a fé dos vossos familiares, sobre a fé da Igreja! Pela fé, estamos fundados em Cristo; encontrai-vos com outros para a aprofundar, participai na Eucaristia, mistério por excelência da fé. Só Cristo pode dar resposta às aspirações que trazeis dentro de vós. Deixai-vos agarrar por Deus, para que a vossa presença na Igreja lhe dê um novo vigor!

Saudação em inglês

Queridos jovens, nestes momentos de silêncio diante do Santíssimo Sacramento, elevemos as nossas mentes e os nossos corações até Jesus Cristo, o Senhor das nossas vidas e do futuro. Que ele derrame sobre nós o Seu Espírito e sobre toda a Igreja para que sejamos um sinal luminoso de liberdade, reconciliação e paz para o mundo inteiro.

Saudação em alemão

Queridos jovens cristãos de língua alemã, no profundo do nosso coração desejamos aquilo que é grande e belo na vida! Não deixeis que os vossos desejos e anelos caiam no esquecimento, mas tornai-os firmes em Jesus Cristo. Ele mesmo é o fundamento que sustenta e o ponto de referência seguro para uma vida plena.

Saudação em italiano

Dirijo-me agora aos jovens de língua italiana. Queridos amigos, esta Vigília ficará como uma experiência inesquecível da vossa vida. Guardai a chama que Deus acendeu em vossos corações nesta noite: fazei com que não se apague, alimentai-a cada dia, partilhai-a com os vossos coetâneos que vivem na escuridão e procuram uma luz para o seu caminho. Obrigado! Até amanhã de manhã!

Saudação em português

Meus queridos amigos, convido cada um e cada uma de vós a estabelecer um diálogo pessoal com Cristo, expondo-Lhe as próprias dúvidas e sobretudo escutando-O. O Senhor está aqui e chama-te! Jovens amigos, vale a pena ouvir dentro de nós a Palavra de Jesus e caminhar seguindo os seus passos. Pedi ao Senhor que vos ajude a descobrir a vossa vocação na vida e na Igreja, e a perseverar nela com alegria e fidelidade, sabendo que Ele nunca vos abandona nem atraiçoa! Ele está connosco até ao fim do mundo

Saudação em polaco

Queridos jovens amigos vindos da Polónia! Esta nossa vigília de oração está permeada pela presença de Cristo. Seguros do seu amor e com a chama da vossa fé, aproximai-vos d’Ele. Encher-vos-á da sua vida. Edificai a vossa vida sobre Cristo e o seu evangelho. De coração, vos abençoo.





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Queridos jovens!

Tivemos uma aventura juntos. Firmes na fé em Cristo, resististes à chuva. Antes de ir embora, quero desejar-vos a todos uma boa noite. Que possais descansar bem. Obrigado pelo sacrifício que estais fazendo e, não duvido, que estais oferecendo generosamente ao Senhor. Vemo-nos amanhã. Agradeço-vos pelo exemplo maravilhoso que destes. Como aconteceu nesta noite, com Cristo podereis sempre enfrentar as provas da vida. Não o esqueçais! Obrigado a todos!